Fiel processa Igreja Cristã Maranata por dano moral no ES



Igreja Maranata no Espírito Santo (Foto: Gabriel Lôrdello/ Arquivo A Gazeta)
A Igreja Cristã Maranata – Presbitério Espírito Santense – foi condenada a indenizar em R$ 25 mil por dano moral um de seus membros que, além de pastor, exercia a função de músico profissional na igreja e foi tratado em público grosseiramente, com sarcasmo, por um dos líderes da instituição. A informação é do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Contratado como músico regente e dispensado sem justa causa, ele entrou com a ação trabalhista contando que tinha em seu currículo profissional a participação em atividades culturais em todo Espírito Santo, tendo, inclusive, integrado o corpo da orquestra sinfônica.
O membro disse ainda que formou orquestras na igreja, presidiu reuniões dos corais e foi diretor artístico dos CDs gravados pela instituição.

Testemunhas relataram que viram o dirigente da igreja, durante o louvor, mandar parar a música dizendo que estava “tudo errado, que tinha que consertar”, inclusive em ocasião em que havia duas mil pessoas e ouvintes via satélite. Em algumas ocasiões, o regente afirmou que foi motivo de “chacotas por parte dos fiéis”.

Condenada ao pagamento da indenização pelos danos morais sofridos pelo músico, a igreja tentou trazer a discussão ao TST, mas a Quinta Turma do Tribunal negou o apelo, ficando mantida a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região (ES) que confirmou a condenação.
Segundo o relator do agravo de instrumento, ministro Caputo Bastos, o TRT registrou que o diretor da instituição tratava o músico de maneira grosseira, corrigindo-o em público e acarretando-lhe constrangimentos.

“O tratamento que lhe era dispensado não condizia com a urbanidade que deve orientar a relação entre empregado e empregador”.

Bastos explicou que o caso foi solucionado com fundamento nas provas produzidas no processo, e que a igreja não apresentou argumentos capazes de alterar a decisão regional que negou seguimento ao recurso.

A Igreja Maranata  foi procurada, por intermédio de um de seus advogados, que não é ligado a este caso. Ele preferiu não se pronunciar sobre este assunto. O advogado não informou o nome do colega que é responsável por este processo. Via G1.



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