Cartão clonado é usado até para pagar o dízimo



O funcionário público Leonardo Tonassi teve o seu cartão bloqueado pela operadora após ser constatado o clone


Funcionário público descobriu que o seu cartão foi usado em várias cidades e até dentro de uma igreja.

Um servidor público de 36 anos, morador de Vila Velha, teve o cartão de crédito clonado. O criminoso fez várias compras e pagamentos em vários estados. Mas o que mais chamou a atenção da vítima foi que o dízimo de uma igreja evangélica foi pago com o cartão clonado.

De acordo com Leonardo Tonassi de Mattos, 36, no mês de novembro ele teve o cartão bloqueado. A central de crédito entrou em contato e justificou o bloqueio dizendo que muitas compras seguidas estavam sendo feitas com o cartão nos últimos três dias.

“A central informou que havia compras de quase R$ 200 de táxi em São Paulo, compras em farmácias de Ribeirão Preto, pagamento de taxa de um site de hospedagem de Florianópolis, além de dois estabelecimentos de diferentes cidades da Bahia”, lembrou a vítima.

O que chamou a atenção do funcionário público foi um dízimo pago com o cartão em uma igreja evangélica de São Paulo.

“Me chamou atenção porque a gente vê até onde vai a cara de pau de um criminoso. Até mesmo na igreja ele prosseguiu com o crime. É lamentável”, desabafou Leonardo.


De acordo com o funcionário público, a própria central do cartão afirmou que ele não precisaria pagar as compras feitas pelos criminosos, pois identificaram o golpe.

“Essa rapidez para resolver o problema me deixou aliviado. Cheguei a pensar que haveria mais burocracia. Mas a central pediu apenas que informasse quais compras foram feitas por mim e quais foram feitas pelo golpista ”, disse.

3 Dias

Tempo que o golpista teve para usar o cartão clonado em diversas locais do País, como São Paulo, Ribeirão Preto, Florianópolis e Salvador.

Susto

A vítima contou que ainda não sabe qual o valor total de compras realizadas pelos criminosos com o cartão clonado. Pois ainda não chegaram todas as faturas. Por enquanto, o valor está em cerca de R$ 900.

“Nunca imaginei passar por uma situação dessa. Eu sempre tive muito cuidado com o uso do meu cartão, não o passo em qualquer lugar... Até mesmo nas compras feitas pela internet, eu procuro fazer pelo aparelho celular, que é mais difícil de instalar esses vírus que roubam dados do cliente”, lamentou.

Entrevista Leonardo (Vítima)

“Cômico se não fosse trágico”

Ainda surpreso ao ver o cartão de crédito ser clonado e usado em várias compras pelo País, inclusive em pagamento de dízimo de igreja, o funcionário público Leonardo Tonassi de Mattos, 36, disse que foi um grande susto.

Como descobriu o golpe?

Uso o cartão apenas para compras maiores, de necessidade, e não para compras pequenas. Como foram feitas muitas compras pequenas e em vários estados, a central do cartão desconfiou e me ligou.

O que pensou?

Foi um grande susto, pois sempre tomei muito cuidado. Meu medo era ter que pagar por algo que não comprei. Mas consegui resolver.

O que achou do pagamento do dízimo?

Seria cômico se não fosse trágico. Achei muita cara de pau. Até na igreja usaram o cartão...

Fonte: A Gazeta


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